O modelo de organização da rede aérea de energia elétrica implantado pela Celesc, em parceria com prefeituras como a de Florianópolis e de Jaraguá do Sul, é referência nacional no combate à poluição visual e na promoção de segurança para a população. Prova disso, é que nesta quarta-feira (17) uma comitiva da Prefeitura de São Paulo visitou a sede da Companhia para conhecer de perto a experiência catarinense
Somente na capital catarinense, mais de 15 toneladas de cabos foram retirados entre agosto de 2024 e julho de 2025, por meio de 27 mutirões promovidos pelo Protocolo de Cooperação Técnica, com média de 33 profissionais participantes em cada ação. A atuação foi realizada em 769 postes, cobrindo 17,4 quilômetros de ruas do município, com a retirada de 15.332kg de material irregular.
“A experiência catarinense mostra que é possível obter resultados efetivos com articulação entre poder público, distribuidora de energia e empresas de telecomunicação, em prol da segurança, da confiabilidade no fornecimento de energia e de um espaço urbano mais limpo e organizado”, disse o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Celesc, Júlio César Pungan, que na ocasião representou o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa.
Ciente dos resultados positivos desta ação, a capital paulista estuda aplicar o modelo em seus bairros, adaptado à sua realidade. “O combate à fiação irregular é um problema enfrentado por muitas cidades. Em uma metrópole como São Paulo, isso não é diferente. Esta reunião com a Celesc busca conhecermos as melhores práticas em relação a uma questão com impacto direto na melhoria da segurança das pessoas e na redução da poluição visual”, afirmou o secretário de Limpeza Urbana da Prefeitura Municipal de São Paulo, Osmário Ferreira.
Durante o encontro, a Diretoria de Distribuição apresentou os pilares da iniciativa e os avanços obtidos desde a implantação do Protocolo de Cooperação Técnica (PCT) assinado entre a Celesc, a Prefeitura de Florianópolis e empresas operadoras de Internet, Telefonia e TV a cabo. Seu objetivo principal o ordenamento dos cabos nos postes, eliminando fiações soltas, obsoletas ou irregulares, que geram risco à população e poluem visualmente as cidades.
“A busca por soluções que promovam um ambiente urbano mais seguro, limpo e sustentável levou ao desenvolvimento deste trabalho que exige esforço contínuo, fiscalização ativa e parceria firme com o poder público. Não se trata apenas de estética urbana, mas de promoção da qualidade do serviço e do respeito ao cidadão”, contou o diretor de Distribuição da Celesc, Cláudio Varella.
Por isso, a iniciativa envolve mutirões semanais de limpeza e reordenamento da rede aérea, com a atuação conjunta da distribuidora de energia, da prefeitura municipal e das empresas que compartilham os postes. Em Florianópolis, atualmente 16 empresas são signatárias do pacto. Em Jaraguá do Sul, cidade onde foi desenvolvido o projeto piloto, oito participaram desta parceria.
“Os mutirões regulares e o envolvimento das empresas signatárias do plano de compartilhamento de postes têm sido decisivos neste sucesso. O modelo é replicável e adaptável a diferentes cidades”, disse o diretor de Geração Transmissão e Novos Negócios, Elói Hoffelder.
O gerente do Departamento de Compartilhamento e Telecomunicações, Carlos Eduardo Marcussi, destaca, ainda, que “esse modelo também é benéfico para as empresas compartilhadoras, que ganham mais um ativo de valor na captação de um novo cliente, utilizando a contribuição para a mitigação desses problemas a seu favor”.
Ao fim do encontro, Ferreira afirmou ter gostado muito do que viu. “Voltaremos para São Paulo com inúmeras ideias sobre como aplicar as soluções adotadas aqui, adaptadas à nossa realidade”, concluiu. Além do secretário municipal paulistano e dos representantes da Celesc, participaram da reunião o presidente do Instituto Lixo Zero, Rodrigo Sabatina, e a embaixadora do Instituto Lixo Zero em São Paulo, Fátima Torres.