Entre os dias 11 e 13 de agosto, a Celesc recebeu, na Administração Central, a equipe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a Missão de Orientação do Programa BID II. A agenda envolveu reuniões de planejamento estratégico, discussões e visitas técnicas que serão contempladas pelo Programa.
A abertura ocorreu no dia 11, com a apresentação formal dos representantes do BID, da Unidade de Coordenação do Programa na Celesc (UCP/BID) e da equipe técnica da Companhia. Na ocasião, foram tratados temas como os indicadores de resultado e seus impactos esperados, a estruturação preliminar da Matriz de Riscos da operação, as responsabilidades da Celesc e as etapas do Plano de Aquisições (PA). Também foi discutida a transversalidade do Programa, com definição inicial de indicadores específicos relacionados a gênero e diversidade.
No dia seguinte, representantes do BID, da UCP/BID e da equipe técnica realizaram visitas em algumas obras da Amostra Representativa do Programa, avaliando em campo as condições operacionais e reunindo informações para o planejamento executivo. As visitas incluíram:
Obras de subestações e linhas de distribuição (futuras intervenções):
• SE 138 kV Botuverá
• LD 138 kV Botuverá – Seccionamento Blumenau Garcia / Brusque Rio Branco
• LD 138 kV Gov. Celso Ramos Areias de Cima – Seccionamento Biguaçu Rede Básica / Tijucas C2
• SE 138 kV Gov. Celso Ramos - Areias de Cima
Subestações urbanas ampliadas:
• SE 138/23 kV Brusque Rio Branco – Ampliação da transformação (de 26,67 MVA para 40,00 MVA)
Subestações e linhas urbanas implantadas:
• SE 138/13,8 kV Florianópolis Capoeiras – Implantação da Subestação (40 MVA)
• LD 138 kV Florianópolis Capoeiras – Seccionamento Palhoça Rede Básica / Trindade
No último dia, o foco esteve em temas ESG e ambientais, incluindo os requisitos e planos obrigatórios, alinhamento ao Acordo de Paris, agenda de financiamento climático e verde, análise da vulnerabilidade climática e apresentação das diretrizes do Marco de Políticas Ambientais e Sociais (MPAS).
Além das reuniões técnicas, a equipe visitou o Centro de Operações Integradas (COI) da Celesc, onde foi apresentado o Plano de Contingência e Resiliência do atendimento emergencial da Empresa, com destaque para indicadores operacionais, estrutura de resposta a eventos críticos, funcionamento do Centro de Operações Distribuição (COD), investimentos em resiliência e protocolos de contingência.
Encerrando a missão, foram prestados esclarecimentos técnicos às dúvidas levantadas pelas equipes, e definiram-se os próximos passos para a continuidade da preparação do projeto.
“A Missão de Orientação foi fundamental para alinhar expectativas, revisar diretrizes e avançar no planejamento do Programa BID II. Esse trabalho conjunto com o Banco nos dá segurança para seguir com um projeto estruturado, que vai modernizar a infraestrutura elétrica do estado e preparar a Celesc para os desafios de sustentabilidade e resiliência climática nos próximos anos”, destacou o gerente da UCP/BID, Luiz Antônio da Silveira Ramos.
Sobre o Programa BID II
O Projeto de Modernização Energética para Resiliência Climática e Sustentabilidade em Santa Catarina – BR-L-1664 tem como objetivo modernizar a infraestrutura da Celesc-D para ampliar a eficiência da distribuição de energia elétrica, com foco em resiliência climática, sustentabilidade do sistema, incorporação de inovações e fortalecimento institucional.
O Programa impactará diretamente em indicadores de qualidade e continuidade do fornecimento, como o DEC e o FEC, que influenciam a satisfação dos clientes. Entre seus objetivos específicos, estão:
• Atender ao aumento da demanda e apoiar o crescimento econômico;
• Ampliar a flexibilidade operacional, integrando energias renováveis e fortalecendo a resiliência do sistema;
• Posicionar a Celesc como referência em inovação e mitigação das mudanças climáticas;
• Promover equidade de gênero, diversidade e inclusão social.
Com previsão de início no segundo semestre de 2026 e duração de cinco anos, o Programa terá investimentos totais de US$ 305,6 milhões (cerca de R$ 1,74 bilhão), sendo US$ 243 milhões financiados pelo BID e US$ 62,6 milhões de contrapartida da Celesc.