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Celesc conquista resultados históricos

O ano de 2020 encerrou com 3,14 milhões de unidades consumidoras na área de concessão da Companhia, número 2,8% superior ao ano anterior. O consumo de energia, no entanto, reduziu 1,3% no mesmo período, refletindo efeitos da crise da COVID-19. Em 2020, a Companhia distribuiu 25.151 GWh ante a 25.490 GWh distribuído em 2019. Cabe ressaltar, contudo, que nos últimos dois anos o consumo de energia teve um crescimento médio de 3,5% ao ano.

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O Grupo Celesc encerrou o ano com uma Receita Operacional Líquida (ROL) de R$ 8,3 bilhões, com reflexo das operações de suas subsidiárias Celesc Distribuição e Celesc Geração, o que apresenta uma evolução de 10,6% superior ao ano anterior. Já com relação aos seus custos e despesas, o Grupo teve um aumento de 8,9% na comparação anual, ocasionada principalmente pelo custo da energia comprada, que representou um aumento de 10,2% no período. Destaca-se ainda o controle nos gastos gerenciáveis, demonstrando o compromisso da gestão com o cenário desafiador do período: o PMSO de 2020 manteve-se no mesmo patamar do ano anterior, considerando, inclusive, o Plano de Desligamento incentivado (PDI) de 2020, que obteve a adesão de 102 empregados.

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INVESTIMENTOS 

Os investimentos da Celesc D encerraram 2020 no valor de R$ 629,8 milhões, que foram realizados na expansão e melhoria do sistema de distribuição, na eficiência operacional, em modernização da gestão da Companhia e, também, em programas de Eficiência Energética e em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Com relação aos montantes, destaca-se: R$ 592,4 milhões para o sistema de distribuição de energia elétrica, visando a viabilidade de obras de ampliação e melhoria do sistema elétrico e, também, na instalação e modernização dos equipamentos de medição. Já com relação ao comprometimento da Companhia com os programas de P&D e Eficiência Energética, destacam-se investimentos de R$ 14,7 e R$ 20,1 milhões, respectivamente.

Os investimentos da Celesc Geração encerraram 2020 com um montante de R$ 41,4 milhões, sendo R$ 10,4 milhões destinados às SPEs nas quais a Celesc G possui participação acionária e R$ 31 milhões ao parque gerador próprio. Destaca-se o investimento na ampliação da PCH Celso Ramos, que aumentará sua capacidade instalada em 8,3 MW.

Ressalta-se que o plano de investimentos do Grupo tem o compromisso com a excelência no atendimento de seu mercado consumidor e com a melhoria contínua dos indicadores de qualidade do serviço prestado. A medição dessa qualidade é definida pelo órgão regulador (ANEEL) por meio de dois principais indicadores: (i) o DEC, que mede o tempo médio que cada consumidor ficou sem energia; e (ii) o FEC, que mede o número médio de vezes que a interrupção do fornecimento de energia ocorreu.

Abaixo, demonstramos os resultados de DEC e FEC dos últimos anos, vejamos:

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Destacamos que os limites de DEC e FEC para o ano de 2020 estabelecidos pela ANEEL foram de 11,0 (em horas) e 8,6 (em vezes), respectivamente. Com os investimentos realizados, gestão comprometida e engajamento dos empregados, a Companhia encerrou o ano com resultado bastante positivo, demonstrando excelente resposta no tocante a esses indicadores. Com relação ao DEC, a Celesc ficou em 9,2 horas e, com relação ao FEC, fechou em 6,7 vezes. Ambos os resultados foram os melhores no comparativo com os últimos anos e, também, bem abaixo ao limite estabelecido pela ANEEL para o ano.


RESULTADOS OPERACIONAIS

A Companhia fechou o ano com um EBITDA de R$ 922,6 milhões (Margem EBITDA de 11,2%), resultado 27,3% superior ao registrado no ano anterior. O lucro líquido foi de R$ 518,7 milhões (Margem Líquida de 6,3%). Ambos os resultados são explicados pela melhora da receita da Companhia e pela gestão dos custos e despesas durante todo o ano de 2020.

Com relação às perdas totais, que significa o quanto de energia que é injetada na rede, mas que não é faturada pela Companhia, a Celesc vem reduzindo esse percentual anualmente.

Em 2020, encerrou com 8,06% de perdas, em comparação aos 8,74% de 2019, demonstrando que todo o investimento e o engajamento das equipes estão surtindo resultados positivos, dentre os quais, citam-se:

i) Identificação de casos suspeitos de irregularidade por meio de algoritmo (verificação online);
ii) Procedimentos de identificação de casos de fraude e/ou deficiência técnica;
iii) Revisão de processos trabalhistas das empreiteiras (metas de fiscalização);
iv) Integração de sistemas corporativos;
v) Implantação de sistemas antifurto e regularização das ligações clandestinas; e
vi) Revisão de processo de trabalho (metas de fiscalização).


DESTAQUES DO ANO

Association of Energy Engineers International Awards - Também pela primeira vez a Celesc foi reconhecida pelo Association of Energy Engineers (AEE) International Awards – que distingue trabalhos desenvolvidos na área de Eficiência Energética em todo o mundo – com a conquista do primeiro lugar na categoria Projeto Inovador de Energia do Ano 2020, com o Bônus Motor, que substituiu motores antigos por novos, mais modernos e eficientes, utilizando um sistema de bônus financeiro.

Prêmio Empresa Cidadã ADVB 2020 - O projeto Bônus Fotovoltaico – pioneiro no País, que promove a geração distribuída por meio de bonificação concedida aos clientes participantes na aquisição de placas fotovoltaicas para captação de energia solar -, conquistou o 1º lugar na categoria Preservação Ambiental do Prêmio Empresa Cidadã ADVB 2020. A iniciativa teve início em 2016 e concedeu bônus de 60% aos participantes na instalação de 1.250 desses sistemas eficientes de geração de energia elétrica. Em 2019 foi concluída a apuração efetiva dos resultados: ao todo, foram investidos R$22,17 milhões, sendo R$14,1 milhões provenientes do nosso Programa de Eficiência Energética e R$8 milhões como contrapartida dos clientes que adquiriram as placas solares.

Certificação de Responsabilidade Social - Pelo sexto ano consecutivo a Assembleia Legislativa do Estado (ALESC) certificou a Celesc por suas práticas em Responsabilidade Social. A certificação tem o objetivo de reconhecer e destacar empresas privadas, públicas e organizações sem fins lucrativos que tenham responsabilidade social como política de gestão. A Celesc recebe certificação desde 2015, quando a participação foi oportunizada para instituições dessa categoria.

22º Prêmio ABRADEE - Em 2020, a Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (ABRADEE) promoveu a 22ª edição do Prêmio. A edição especial não concedeu prêmios individuais às companhias, mas reconheceu os esforços de todas as distribuidoras de energia elétrica que atuam no País durante a crise sanitária mundial provocada pela pandemia de COVID-19. Por isso, a entidade enviou a cada companhia, entre elas a Celesc, uma placa que destaca dedicação das equipes, que somam mais de 200 mil trabalhadores da linha de frente.

Prêmio ABRACONEE para Demonstrações Financeiras - A Celesc recebeu da Associação Brasileira dos Contadores do Setor de Energia Elétrica (ABRACONEE) o prêmio de 2º lugar nacional na categoria Holding pela qualidade da apresentação das Demonstrações Financeiras da Companhia do exercício de 2019 durante o XXXVI Encontro Nacional dos Contadores do Setor de Energia Elétrica (ENCONSEL), realizado em formato de webinar.

Aporte em projetos culturais e esportivos - Em 2020 novamente a Celesc abriu chamada pública para a seleção de projetos com distribuição de recursos para entidades sociais no estado, nas áreas da cultura e esporte. A análise das propostas é realizada por uma Comissão de Aporte de Recursos da Celesc, formada por profissionais de diversas áreas da companhia, com base critérios técnicos para a escolha dos contemplados. Foram investidos cerca de R$ 3 milhões em iniciativas desenvolvidas em todas as regiões do estado, sendo R$ 2,4 milhões para 37 projetos culturais e R$ 615 mil para 12 projetos esportivos.

Aporte em entidades de assistência social - A Celesc repassou R$ 954 mil para quatro instituições de assistência social selecionadas por meio de chamada pública: Assistência Social Dom Orione, de Florianópolis; Programa Viver Ações Sociais, de Chapecó; Associação Vida e Arte, de Tubarão; e Instituto Joinvillense de Educação e Assistência, de Joinville. Cada instituição recebeue pouco mais de R$ 238 mil para investir em suas atividades, com recursos oriundos das doações realizadas na 6ª edição do projeto Bônus Eficiente.

Aporte em fundos estaduais da infância, adolescência e idoso - Também foram repassados R$ 1,2 milhões ao Fundo da Infância e Adolescência (FIA) e também ao Fundo do Idoso (FEI), no valor de R$ 618 mil cada. Os valores foram repassados diretamente aos fundos, que são geridos pela Secretaria do Desenvolvimento Social com participação dos conselhos estaduais, que desenvolvem ações para atender cada um de seus públicos-alvo.


OS PRINCIPAIS DESAFIOS

O ano foi de incertezas e obstáculos, com fatos de força maior que marcaram a vida dos cidadãos de todo o mundo, como a pandemia de Covid-19, com repercussões não apenas de ordem epidemiológica, mas também com reflexos sociais, econômicos, políticos e culturais. Os efeitos desse cenário atingiram praticamente todos os setores da economia, com reações nos investimentos financeiros. Entre outros fatores, o mercado de energia foi bastante impactado com a queda do consumo e o aumento da inadimplência.

Como não bastasse a crise mundial, outro fato que marcou 2020 foi a passagem do ciclone bomba em Santa Catarina.  De acordo com o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (CIRAM), entre os dias 30 de junho e 1º de julho de 2020, ventos com velocidade superior a 100 km/h foram registrados em diversas regiões do estado. O fenômeno climático teve destaque pela ampla área atingida, pela duração prolongada em algumas regiões e pela quebra de recorde de intensidade dos ventos, que no município de Siderópolis teve registro de 168,8 km/h. Por meio do Decreto Estadual no 700, de 2 de julho de 2020, foi decretado estado de calamidade pública nas áreas dos municípios afetados.

O ciclone bomba foi considerado o pior desastre com ventos da história do estado, superando os estragos deixados pelo Furacão Catarina, em 2004, e pelo Tornado Xanxerê, em 2015, segundo Nota Meteorológica da Defesa Civil, causando os maiores danos já registrados no sistema elétrico de distribuição.

O ciclone deixou um rastro de destruição e trouxe grandes prejuízos à população, deixando mais de 1,5 milhões de unidades consumidoras às escuras. Árvores, postes e placas caíram sobre a rede de distribuição e vias de acesso, provocando problemas graves na recomposição do sistema, tendo como agravante o rompimento do cabo de fibra ótica, que atingiu o sistema de telecomunicação da Companhia e de outras distribuidoras que atendem o Sul do País.

Com o trabalho de 300 equipes e aproximadamente 1.300 profissionais, em 24 horas, mais de 1 milhão de unidades consumidoras tiveram a situação restabelecida. A continuidade ininterrupta dos trabalhos permitiu a recomposição da situação de 93,54% do sistema elétrico após 48 horas da passagem do fenômeno, sendo que, após 120 horas, esse índice já alcançava 99% das unidades consumidoras. A total recomposição do sistema elétrico ocorreu após 20 dias de trabalho, pois os locais que restavam sem atendimento, após os primeiros cinco dias do evento, apresentavam extrema dificuldade de acesso.

Os custos envolvidos na recuperação do sistema elétrico importaram em aproximadamente R$4 milhões com mão de obra própria, R$12 milhões com mão de obra terceira e R$6 milhões com materiais totalizando, aproximadamente, R$22 milhões.


DESEMPENHO NO MERCADO DE CAPITAIS

Por ser uma Companhia de capital aberto, é importante destacar seu desempenho no mercado acionário, vejamos:

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 As ações Preferenciais da Companhia (CLSC4-PN) apresentaram desempenho positivo de 14,2% no acumulado de 2020. No mesmo período, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, apresentou retorno positivo de 2,92% e o Índice de Energia Elétrica (IEE), que mede o comportamento das principais ações do Setor Elétrico, apresentou evolução positiva de 8,12%.

 

Comunicação Celesc